Anatel endurece regras contra provedores clandestinos e exige regularização da banda larga fixa Nova resolução obriga todas as empresas a obter autorização e pode impactar pequenas prestadoras e clientes em todo o Brasil A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou um Plano de Ação que promete mudar radicalmente o cenário da banda larga fixa (SCM) no Brasil. A decisão vem em resposta ao crescimento acelerado das Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) — que já respondem por mais de 50% dos acessos — e à proliferação de provedores informais que atuam fora das regras do setor. Com a Resolução Interna nº 449, a Anatel impôs um cronograma de 120 dias para que todas as prestadoras — inclusive aquelas que antes operavam por dispensa de outorga — solicitem autorização formal para explorar o serviço. Caso contrário, terão seus cadastros cancelados e poderão sofrer ações de fiscalização, inclusive com bloqueio do fornecimento de infraestrutura e desconexão de redes. Por que essa mudança é importante? Combater a concorrência desleal, que prejudica empresas que investem em regularização e qualidade. Aumentar a transparência do mercado, já que mais de 40% dos provedores habilitados não enviam informações obrigatórias à Anatel. Proteger consumidores, que muitas vezes contratam serviços clandestinos sem qualquer garantia de qualidade ou segurança. Fortalecer a rastreabilidade de equipamentos, prevenindo uso de ativos furtados ou desviados. Ampliar a segurança cibernética, já que redes informais representam maior risco de ataques e fraudes. O que muda para as empresas de telecom? As principais obrigações incluem: Solicitar autorização de exploração do SCM em até 120 dias. Atualizar informações cadastrais e dados de acessos. Informar contratos de infraestrutura (fibra, torres, meios de acesso). Preparar-se para eventuais auditorias e fiscalizações. Além disso, a Anatel estuda lançar um selo público de regularidade, que permitirá ao consumidor identificar prestadoras legais, e criar um canal nacional de denúncias. Impactos no mercado e recomendações Para quem já atua de forma regular, o Plano pode fortalecer a confiança do consumidor e equilibrar a competição. Mas provedores de pequeno porte que ainda operam informalmente precisarão agir rápido para não perder a base de clientes. Se você é provedor ou parceiro de empresas SCM, é hora de: Verificar sua situação cadastral junto à Anatel; Iniciar imediatamente o processo de autorização, se aplicável; Revisar contratos com fornecedores de infraestrutura; Investir em ações de compliance e rastreabilidade. Conclusão A regulamentação mais rigorosa da banda larga fixa deve trazer impactos profundos na qualidade do serviço, proteção do consumidor e concorrência saudável. A regularização não é apenas uma obrigação legal, mas uma oportunidade para construir uma operação mais sólida e confiável. Se você tem dúvidas sobre como atender às novas exigências, entre em contato com seu consultor jurídico ou especialista em regulação de telecomunicações. Gostou do conteúdo? Quer saber mais sobre regulamentações, STFC, VoIP e tendências em telecom? 👉 Acompanhe o Blog do JAF e fique sempre atualizado. Fonte: Anatel
VoIPforAll Telecom é homologada pela Anatel no serviço “Origem Verificada” e fortalece combate a golpes telefônicos
VoIPforAll Telecom é homologada pela Anatel no serviço “Origem Verificada” e fortalece combate a golpes telefônicos A Anatel lançou oficialmente o serviço Origem Verificada, uma solução que autentica chamadas telefônicas e reforça a segurança dos consumidores contra fraudes e golpes. A VoIPforAll Telecom é uma das primeiras operadoras a ser homologada junto à Autoridade de Identificação e Autenticação (AIA), integrando o grupo de empresas já autorizadas a realizar chamadas com autenticação validada. O sistema permite que o receptor da chamada visualize, em tempo real, dados como nome da empresa, logotipo, motivo da ligação e um selo de número verificado. Como o Origem Verificada funciona? Autenticação técnica da origem da chamada, impedindo falsificações de número; Exibição de identidade visual no visor do celular; Maior confiança nas comunicações corporativas, especialmente em setores como cobrança, bancos e serviços públicos. A homologação da VoIPforAll Telecom demonstra seu compromisso com a modernização da telefonia e com a segurança do consumidor. Ao adotar o Origem Verificada de forma antecipada, a operadora se posiciona na vanguarda do setor, oferecendo mais confiança aos seus usuários . Com a obrigatoriedade prevista para 2028, a VoIPforAll já está preparada para o futuro das comunicações no Brasil. Fonte: origemverificada.com.br
Por que proibir software livre em licitações é um erro estratégico
Por que Proibir Software Livre em Licitações é um Erro Estratégico Um cenário que preocupa Em pleno século XXI, quando países desenvolvidos caminham rumo à soberania digital e à transparência pública, ainda é comum nos depararmos com licitações no Brasil que, de forma explícita ou indireta, impedem o uso de softwares de código aberto. Essa exclusão representa não apenas um atraso tecnológico, mas uma ameaça real à autonomia do Estado, à eficiência administrativa e à inovação sustentável. Apresento abaixo algumas evidência de como o software livre pode beneficiar o serviço público: Exemplo 1: Um exemplo europeu de transição inteligente A Dinamarca acaba de anunciar um movimento ousado: substituirá, de forma gradual, o uso de soluções proprietárias amplamente adotadas por alternativas baseadas em código aberto. A decisão, liderada pelo Ministério da Digitalização, abrange todos os funcionários da pasta e deve estar concluída até o fim do ano. A motivação é clara: reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros e aumentar o controle sobre a infraestrutura digital do país. Essa mudança, noticiada por veículos como ZDNET e The Local, revela um posicionamento estratégico em favor da soberania tecnológica e da sustentabilidade administrativa — um exemplo que merece atenção no cenário brasileiro. Justamente ao contrário do que algumas administrações alegam para rejeitar software livre — falta de garantia de continuidade ou baixa qualidade —, o modelo aberto garante à própria administração pública soberania sobre o código, a possibilidade de auditá-lo, adaptá-lo e evoluí-lo conforme suas necessidades, sem depender de fornecedores exclusivos. Exemplo 2: NASA – ciência e inovação construídas com software livre Outro caso emblemático é o da NASA. A agência espacial dos EUA utiliza amplamente software livre em projetos de ponta, como o helicóptero Ingenuity, que realizou seu primeiro voo em Marte em 2021 como parte da missão Mars Perseverance. O sistema de controle da aeronave, denominado F Prime, foi desenvolvido pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) e publicado como código aberto em 2017, permitindo colaboração e reaproveitamento por outros projetos e instituições. A iniciativa contou com mais de 12 mil contribuidores indiretos via dependências de projetos open source, conforme registrado no GitHub: confira aqui. Mais do que usuária, a NASA é também produtora e promotora de código aberto. Ferramentas como Astropy, utilizadas em projetos astronômicos, somam milhares de citações científicas, e o próprio software de calibração do telescópio James Webb foi publicado em repositórios abertos, incentivando testes e colaborações por cientistas de todo o mundo. Exemplo 3: Na telefonia, o caso do Asterisk Na telefonia, o exemplo do Asterisk é paradigmático. Criado em 1999 por Mark Spencer, este software livre de comunicação IP revolucionou o setor, permitindo que empresas de todos os portes implementem centrais telefônicas (PBX) com funcionalidades sofisticadas sem os altos custos de soluções proprietárias. Distribuído sob a licença GNU GPL, o Asterisk é utilizado em mais de um milhão de sistemas em mais de 170 países, abrangendo desde pequenas organizações até uma significativa parte da Fortune 1000. Sua popularidade se deve à robustez, flexibilidade e ao forte apoio da comunidade open source, que constantemente contribui com correções, recursos e patches de segurança. Além disso, o projeto segue ativo e em constante evolução. Atualmente, a linha Long Term Support (LTS) mais recente é a versão 22.4.1, lançada em 19 de maio de 2025, trazendo melhorias de segurança (como correções para cabeçalhos SIP malformados) e novas opções de configuração para maior controle e proteção asterisk.org. Esse panorama mostra que soluções open source podem oferecer qualidade, continuidade e garantias técnicas tão confiáveis quanto modelos proprietários — e com transparência total. Em licitações e contratações públicas, a justificativa de que software livre “não tem garantia” perde força: a própria instituição tem acesso ao código‑fonte, podendo manter ou evoluir o sistema de forma independente, contratar suporte especializado ou mesmo contribuir com a comunidade, assegurando continuidade do projeto. O impacto negativo de restringir o software livre Apresentamos abaixo algumas evidências de como o software livre pode beneficiar o serviço público, mesmo em setores de alta exigência como a telefonia: Menor concorrência: Quando limita a participação de software livre limita também a concorrência; Maior custo a longo prazo: soluções fechadas muitas vezes exigem licenciamento contínuo e suporte exclusivo; Dependência de fornecedores: o Estado fica refém de decisões comerciais externas; Redução da transparência: códigos fechados dificultam auditorias, correções e adaptações. Software livre: uma escolha estratégica Auditoria e segurança: o acesso ao código permite detectar falhas e adaptar proteções; Flexibilidade técnica: maior capacidade de integração com sistemas diversos; Redução de custos: elimina gastos com licenças e amplia o investimento em desenvolvimento local; Autonomia tecnológica: fortalece o ecossistema nacional de tecnologia. O que o Brasil precisa fazer Atualizar a legislação e os critérios de licitação, garantindo isonomia entre soluções abertas e fechadas; Estabelecer políticas públicas de incentivo ao uso de software livre no setor público; Capacitar servidores públicos no uso e gestão de tecnologias abertas; Fomentar ecossistemas locais de desenvolvimento e suporte técnico baseados em software livre. Conclusão Restringir software livre em licitações públicas é desperdiçar oportunidades de inovação, eficiência e soberania digital. Países e instituições líderes já entenderam o valor das soluções abertas. Cabe ao Brasil se alinhar a esse movimento, abandonando preconceitos e incorporando práticas tecnológicas que colocam o interesse público em primeiro lugar.
Anatel publica nova resolução e cria grupo de trabalho para implementar autenticação de chamadas
Anatel publica nova resolução e cria grupo de trabalho para implementar autenticação de chamadas A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está dando um passo decisivo no combate às chamadas fraudulentas no Brasil com a publicação da Resolução nº 777, de 28 de abril de 2025, e da Portaria nº 2.981, de 29 de maio de 2025, que institui um novo grupo de trabalho focado na implementação da autenticação de chamadas, conforme o modelo STIR/SHAKEN. Resolução nº 777/2025: consolidação regulatória e foco em inovação Publicada em abril de 2025, a Resolução nº 777 aprova o novo Regulamento Geral dos Serviços de Telecomunicações (RGST) e consolida as normas aplicáveis ao setor. A resolução estabelece regras mais rígidas para garantir a segurança, integridade e confiabilidade nas comunicações de voz, especialmente no Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) e na telefonia móvel. Entre os destaques está o Art. 60, que determina a obrigatoriedade da implementação de mecanismos de autenticação de chamadas pelas operadoras, como forma de combater o spoofing, onde números de origem são falsificados para enganar os receptores. Outros pontos relevantes incluem: Revogação de 42 resoluções anteriores, eliminando sobreposições normativas e simplificando o ambiente regulatório. Incorporação de diretrizes para tecnologias emergentes, como inteligência artificial e redes virtuais. Atualização do serviço de radioamador, com modernização dos procedimentos e menos burocracia. Portaria nº 2.981/2025: criação do Grupo de Trabalho GT-AUTENTICA A Portaria nº 2.981 institui o grupo de trabalho GT-AUTENTICA, que será o responsável por coordenar a implementação nacional da autenticação de chamadas. Suas atribuições incluem: Definir a arquitetura técnica para autenticação (ex: STIR/SHAKEN); Estabelecer os cronogramas de adoção; Promover a padronização entre prestadoras e integradoras de soluções de voz; Acompanhar e propor regras para a divisão de custos entre os envolvidos; Escolher a entidade gestora responsável pela autenticação. O cronograma inicial prevê que a autenticação se torne obrigatória em até três anos, estabelecendo um horizonte claro para adequação do setor. Edital de Convocação nº 10/2025: participação das entidades O Edital de Convocação nº 10/2025 abre a seleção de entidades representativas que integrarão o GT-AUTENTICA. São esperadas participações de representantes da indústria, operadoras, entidades técnicas e defesa do consumidor. A participação ativa das entidades no grupo garante diversidade de visões e aumenta a eficácia na formulação de soluções regulatórias e tecnológicas. O que muda na prática A partir da publicação desses instrumentos legais, inicia-se uma nova fase na gestão das comunicações de voz no Brasil. Com base em padrões reconhecidos internacionalmente, como o STIR/SHAKEN, a autenticação de chamadas será integrada ao sistema nacional de telecom, reduzindo fraudes e aumentando a confiança do usuário. Para empresas que atuam com STFC, VoIP e serviços convergentes, é fundamental: Revisar suas infraestruturas para garantir compatibilidade com os padrões exigidos; Acompanhar os desdobramentos técnicos e regulatórios; Participar dos fóruns e discussões públicas promovidas pela Anatel. Referências oficiais: 📜 Resolução Anatel nº 777, de 28 de abril de 2025 📄 Portaria nº 2.981, de 29 de maio de 2025 📢 Edital de Convocação nº 10/2025 Gostou do conteúdo? Acompanhe o Blog do JAF para mais atualizações sobre regulamentações, VoIP, STFC e inovações em telecom!
O fim da telefonia TDM no Brasil: o que muda para empresas e usuários do STFC?
O fim da telefonia TDM no Brasil: o que muda para empresas e usuários do STFC? A telefonia fixa no Brasil passou por diversas transformações nas últimas décadas. Desde os tempos da telefonia analógica até a consolidação da tecnologia TDM (Time Division Multiplexing), o país agora vive uma nova transição: a substituição definitiva das redes TDM por soluções baseadas em IP. Essa mudança impacta diretamente empresas, operadoras e consumidores finais que dependem do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado). 1. Contextualização histórica O STFC foi regulamentado com a criação do Plano Geral de Outorgas (PGO), ainda na década de 1990, como parte da reestruturação das telecomunicações no Brasil. Por muitos anos, a telefonia fixa foi baseada em redes comutadas por circuitos, inicialmente analógicas, depois digitais com tecnologia TDM. No entanto, com o avanço das redes IP, da telefonia móvel e da banda larga, o número de acessos fixos tradicionais (TDM) vem caindo consistentemente, segundo dados da ANATEL. 2. O cenário atual Atualmente, as operadoras estão desativando gradativamente as redes TDM, substituindo-as por infraestruturas IP conhecidas como NGN (Next Generation Networks). Essas redes utilizam comutação por pacotes em vez de circuitos, permitindo maior flexibilidade, escalabilidade e integração com outros serviços digitais. A digitalização completa da rede de voz é uma tendência global — e irreversível. 3. O papel da tecnologia VoIP O VoIP (Voice over IP) é a principal tecnologia que vem substituindo os sistemas TDM. Com ele, a voz trafega sobre redes de dados, oferecendo maior economia, mobilidade e integração com aplicações corporativas. Soluções como PABX IP, PABX virtual e SIP trunk estão sendo amplamente adotadas por empresas que buscam modernizar sua infraestrutura de comunicação, especialmente diante da obsolescência das plataformas das operadoras baseadas em TDM. 4. Impactos para empresas e operadoras Muitas empresas ainda utilizam PABX digitais ou híbridos com interfaces E1/TDM. A substituição por soluções IP é cada vez mais recomendada, pois os equipamentos legados estão se tornando incompatíveis com a nova realidade das operadoras, que deixam de oferecer interfaces TDM. Essa transição também representa uma oportunidade de modernização tecnológica para integradores, MSPs, ISPs e operadoras regionais. 5. A importância do STIR/SHAKEN neste novo cenário Em redes TDM, a autenticação de chamadas é limitada. Já em redes IP, torna-se viável a implementação do protocolo STIR/SHAKEN — um conjunto de normas que valida a identidade da origem das chamadas. Isso é essencial no combate a fraudes, spoofing e chamadas indesejadas. À medida que o Brasil avança na digitalização da rede telefônica, espera-se que esse padrão se torne obrigatório para aumentar a confiança nas comunicações. 6. Recomendações práticas Para empresas que ainda utilizam infraestruturas baseadas em TDM, é fundamental planejar a migração. Isso inclui: Auditar a infraestrutura atual e identificar equipamentos e links TDM ainda ativos. Avaliar soluções IP compatíveis com os requisitos técnicos e operacionais. Escolher um provedor VoIP homologado e com suporte a SIP trunk ou PABX virtual, como a VoIPforAll Telecom. Garantir que a rede local esteja preparada para tráfego de voz com qualidade (QoS). Essa transição traz benefícios claros em termos de custo, flexibilidade, mobilidade e integração com sistemas digitais, além de preparar a empresa para futuras exigências regulatórias. 📌 Conclusão O fim da infraestrutura TDM representa um novo capítulo nas telecomunicações brasileiras. A evolução para redes IP é mais do que uma tendência: é uma necessidade. Empresas que realizarem essa migração de forma planejada estarão mais preparadas para os desafios de um mercado cada vez mais digital, seguro e conectado. Sua empresa ainda depende de TDM? Descubra como migrar para o VoIP com segurança e qualidade. Fale com nossos especialistas e modernize sua comunicação!
Chamadas Autenticadas: STIR/SHAKEN e a Nova Era da Telefonia no Brasil
Chamadas Autenticadas: STIR/SHAKEN e a Nova Era da Telefonia no Brasil A crescente desconfiança dos consumidores em relação às chamadas telefônicas — devido ao aumento de fraudes e ao uso de números falsos (spoofing) — levou a Anatel a implementar uma medida robusta e inovadora: a autenticação e identificação de chamadas, por meio do serviço Origem Verificada, baseado nos protocolos STIR/SHAKEN/RCD. Essa tecnologia permite verificar se o número exibido na tela do celular realmente pertence à empresa que está originando a chamada. Mais do que validar o número, a solução oferece ao usuário informações visuais como nome da empresa, logotipo e até o motivo da ligação — um recurso que fortalece a transparência e a confiança nas comunicações por voz. O sistema funciona a partir de uma cadeia técnica onde a prestadora de origem valida a chamada, envia as credenciais para a Autoridade de Identificação e Autenticação (AIA), que por sua vez distribui esses dados para a prestadora de destino. No smartphone compatível, o usuário vê um selo de autenticação, o nome da empresa, o texto “Número Validado”, além de ícones e logotipos personalizados. Tudo isso sem comprometer o sigilo da chamada, já que o sistema atua apenas sobre dados de sinalização. Para que as informações apareçam corretamente, o usuário deve ter um dispositivo com suporte à tecnologia VoLTE, estar conectado a redes 4G ou 5G e manter o sistema operacional atualizado. Caso contrário, a chamada será completada, mas sem os elementos visuais de autenticação. Inicialmente, apenas empresas podem contratar a solução junto às operadoras participantes. A adesão oferece benefícios comerciais relevantes, como aumento nas taxas de atendimento, proteção da identidade da marca e redução de bloqueios automáticos por parte dos usuários. O processo de contratação envolve envio de credenciais à AIA e configuração de dados que serão exibidos nas chamadas. A iniciativa já está em vigor em caráter voluntário, mas com a publicação da Resolução nº 777 de 28 de maio de 2025, a autenticação se torna obrigatória em todo o território nacional no prazo de até três anos. A regulamentação prevê uma implementação progressiva, com acompanhamento técnico e fiscalizatório por parte da Anatel. Mesmo com essa nova tecnologia, as empresas devem continuar respeitando soluções complementares, como o cadastro “Não Me Perturbe”. Além disso, o ecossistema foi estruturado com rigorosas práticas de governança e segurança da informação: qualquer tentativa de uso indevido — como falsificação de identidade visual — pode resultar na exclusão da empresa do sistema, com revogação do certificado digital. A era da identificação segura das chamadas chegou. Com a adoção em larga escala dos protocolos STIR/SHAKEN no Brasil, os setores de VoIP, STFC e telefonia móvel entram em um novo estágio de modernização. Agora, cabe às empresas se adaptarem para oferecer aos seus clientes uma comunicação cada vez mais confiável e transparente.
Voice Bot com OpenSIPS: Inteligência Artificial Integrada à Telefonia SIP
Voice Bot com OpenSIPS: Inteligência Artificial Integrada à Telefonia SIP Evento: OpenSIPS Summit 2025 – AmsterdãTema em destaque: OpenSIPS AI Voice Connector Um dos grandes destaques do OpenSIPS Summit 2025 foi a apresentação do OpenSIPS AI Voice Connector, uma solução inovadora que leva inteligência artificial para o universo da telefonia SIP por meio da implementação de voice bots altamente interativos e personalizados. O que é o OpenSIPS AI Voice Connector? Trata-se de uma aplicação modular escrita em Python que atua como um conector entre o servidor OpenSIPS e mecanismos de inteligência artificial. Ele intercepta os fluxos de áudio (RTP) das chamadas telefônicas e os envia para processamento em tempo real por plataformas de IA, como: Deepgram: para conversão de fala em texto e resposta em áudio. OpenAI (ChatGPT): para conversas baseadas em linguagem natural. Microsoft Azure: para serviços de voz como STT (Speech-to-Text) e TTS (Text-to-Speech). Recursos e Benefícios O AI Voice Connector é altamente configurável e pode ser adaptado conforme o cenário da aplicação. Entre seus principais benefícios estão: Redução de custos operacionais com atendimento automatizado. Melhoria na experiência do cliente com interações em tempo real e linguagem natural. Automatização de processos como suporte técnico, agendamentos e triagem de chamadas. Casos de Uso Reais A tecnologia demonstrada no evento possibilita a criação de: Atendentes virtuais inteligentes com resposta em tempo real. IVRs dinâmicos que entendem comandos de voz e contexto. Assistentes corporativos para funções como agendamento de compromissos ou filtragem de chamadas. Revolução na Telefonia IP Com essa solução, o OpenSIPS dá um passo importante rumo à modernização da telefonia VoIP, tornando possível a fusão entre comunicação em tempo real e inteligência artificial. Essa integração não só melhora a experiência do usuário, como também potencializa a eficiência das operações empresariais. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o repositório oficial no GitHub:https://github.com/OpenSIPS/opensips-ai-voice-connector-ce
Estamos presentes no OpenSIPS Summit 2025 – Amsterdam
Estamos presentes no OpenSIPS Summit 2025 – Amsterdam Data: 27 a 30 de maio de 2025Local: Radisson Blu City Center, Amsterdã É com grande entusiasmo que anunciamos nossa presença no OpenSIPS Summit 2025, um dos principais eventos globais dedicados ao universo do VoIP e das Comunicações em Tempo Real (RTC). O summit reúne especialistas, desenvolvedores e líderes de tecnologia para compartilhar experiências, discutir as inovações mais recentes e colaborar no desenvolvimento do ecossistema OpenSIPS. Programação Dois dias de conferências: apresentações técnicas e estudos de caso. Design Clinics: sessões individuais com especialistas para análise de projetos. Demonstrações interativas: construção e teste de configurações em tempo real. Treinamento avançado: foco em clustering, alta disponibilidade e distribuição de chamadas. Oportunidades e Networking O OpenSIPS Summit também é um espaço ideal para networking com profissionais de diversas áreas, desde operadoras e integradores até desenvolvedores de soluções open source. Saiba mais em:https://opensips.org/events/Summit-2025Amsterdam/
Entendendo o Plano Geral de Outorgas (PGO): A Base da Telefonia Fixa no Brasil
Entendendo o Plano Geral de Outorgas (PGO): A Base da Telefonia Fixa no Brasil Plano Geral de Outorgas (PGO) é um instrumento fundamental na organização e regulação da telefonia fixa no Brasil. O PGO define as diretrizes para a concessão e autorização do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), promovendo a universalização e a competição no setor de telecomunicações. Região Setor Abrangência DDD Região I Setor 1 Rio de Janeiro 21, 22, 24 Setor 2 Minas Gerais 31, 32, 33, 34, 35, 37, 38 Setor 3 Municípios específicos de MG — Setor 4 Espírito Santo 27, 28 Setor 5 Bahia 71, 73, 74, 75, 77 Setor 6 Sergipe 79 Setor 7 Alagoas 82 Setor 8 Pernambuco 81, 87 Setor 9 Paraíba 83 Setor 10 Rio Grande do Norte 84 Setor 11 Ceará 85, 88 Setor 12 Piauí 86, 89 Setor 13 Maranhão 98, 99 Setor 14 Pará 91, 93, 94 Setor 15 Amapá 96 Setor 16 Amazonas 92, 97 Setor 17 Roraima 95 Região II Setor 18 Santa Catarina 47, 48, 49 Setor 19 Paraná 41, 42, 43, 44, 45, 46 Setor 20 Rio Grande do Sul 51, 53, 54, 55 Setor 21 São Paulo 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 Região III Setor 22 Mato Grosso do Sul 67 Setor 23 Mato Grosso 65, 66 Setor 24 Goiás 61, 62, 64 Setor 25 Distrito Federal 61 Setor 26 Tocantins 63 Setor 27 Municípios de MG não incluídos na Região I — 📍 Estrutura Regional do PGO O PGO divide o território nacional em quatro regiões para a prestação do STFC: Região I: Abrange os estados do Norte, Nordeste e parte do Sudeste, incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Região II: Compreende os estados do Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Região III: Corresponde ao estado de São Paulo. 📞 Modalidades de Prestação do STFC O STFC é oferecido em três modalidades distintas: Serviço Local: Comunicação entre pontos fixos dentro de uma mesma área local. Longa Distância Nacional (LDN): Comunicação entre pontos fixos em diferentes áreas locais dentro do território nacional. Longa Distância Internacional (LDI): Comunicação entre um ponto fixo no Brasil e outro no exterior. 🏢 Concessionárias e Autorizadas Concessionárias: Empresas que receberam concessões para prestar o STFC em regime público, com obrigações específicas de universalização e continuidade. Autorizadas: Empresas que obtiveram autorizações para prestar o STFC em regime privado, com maior flexibilidade e menos obrigações regulatórias. 📚 Conclusão O Plano Geral de Outorgas é essencial para compreender a organização e a evolução da telefonia fixa no Brasil. Sua estrutura regional, modalidades de prestação e mecanismos de concessão moldaram o cenário atual, promovendo a universalização dos serviços e a concorrência entre as operadoras.
Como ISPs podem monetizar telefonia VoIP em 2025: novos modelos, integração e fidelização
Como ISPs podem monetizar telefonia VoIP em 2025: novos modelos, integração e fidelização Em 2025, o mercado de ISPs (Provedores de Internet) no Brasil vive um momento de maturidade e consolidação. A competição acirrada e a pressão por margens operacionais sustentáveis tornam essencial a diversificação de serviços. Nesse cenário, a telefonia VoIP surge como uma oportunidade real de monetização e fidelização de clientes. Mas como aproveitar esse potencial de forma prática e estratégica? Oportunidade: agregar valor ao serviço de internet Muitos provedores oferecem apenas acesso à internet, o que limita a receita por cliente (ARPU). Ao adicionar telefonia VoIP ao portfólio, o ISP transforma seu serviço em um combo mais completo, atendendo demandas de residências e empresas que dependem de comunicação por voz, seja por hábito, necessidade jurídica ou operacional. O que é necessário para oferecer VoIP A barreira técnica para entrar no mercado de VoIP diminuiu bastante. Hoje, um ISP pode começar com infraestrutura básica, como: Softswitch ou parceria com operadora VoIP white-label; SBC (Session Border Controller) para segurança e controle; Gateways ou ONTs com porta FXS para clientes de fibra; Soluções de billing e provisioning integradas. Além disso, é possível atuar com licenciamento SCM + STFC, ou firmar parcerias com operadoras licenciadas para revender os serviços. Modelos de monetização Existem diversas formas de monetizar o serviço de VoIP. Entre os modelos mais utilizados, destacam-se: Planos mensais com chamadas ilimitadas – ideal para residências e PMEs; Combo Internet + Voz – com desconto atrativo na adesão dos dois serviços; White-label VoIP – o ISP revende com sua marca, sem precisar operar diretamente a infraestrutura de voz. Fidelização e diferenciais A telefonia fixa, quando bem implantada, ajuda a reduzir o churn e aumentar a percepção de valor do cliente. Recursos como portabilidade numérica, gravação de chamadas, URA personalizada e discador inteligente agregam funcionalidades normalmente só disponíveis para grandes empresas, agora acessíveis para o mercado regional. Exemplos de sucesso Vários ISPs regionais já demonstraram que o VoIP pode representar de 10% a 25% da receita total mensal. Usando equipamentos plug & play em redes FTTH e integrando os serviços no CRM e billing, é possível ativar e gerenciar linhas telefônicas de forma automatizada e escalável. Conclusão Em um mercado cada vez mais competitivo, o ISP que deseja se manter relevante precisa ir além da conectividade. A telefonia VoIP é uma ferramenta poderosa para aumentar receita, reduzir cancelamentos e entregar mais valor ao cliente. Com tecnologia acessível e modelos comerciais flexíveis, 2025 é o ano ideal para transformar voz em lucro.